sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Yo La Tengo no Capitólio, Lisboa (06-02-2019)

No dia 6 de Fevereiro de 2019, fui à sala de espectáculos Capitólio, ver os americanos Yo La Tengo.
Eu os vi uma vez no NOS Alive do ano passado, apenas na parte inicial. 
Por algum motivo, tive uma expectativa de os ver outra vez ao vivo, porque adoro os Yo La Tengo, o seu ecleticismo musical, a variação de estilos e as experimentações sónicas que são basicamente uma das coisas que me identifico mais.
A minha introdução do mundo dos Yo La Tengo foi através do célebre "I Can Hear The Heart Beating As One", de 1997, antes de eu explorar a discografia toda que eles realizaram. Ao ouvir a faixa toda desse álbum, considero um dos álbuns da minha eleição. De todo o espectro deste álbum representa uma variedade de estilos musicais, desde o shoegaze para o dream pop, do jazz para o rock alternativo/indie, do country/folk para o rock atmosférico (ou seja, pós-rock), do krautrock para o noise rock e assim por diante. Não só pela variedade de estilos mas também pelas letras fantásticas e as vozes únicas a cargo do Ira Kaplan, que toca guitarra e teclas, da Georgia Hubley, na bateria e teclas, e do James McNew, no baixo, bateria e teclas.
Em relação ao concerto fiquei espantado na forma como eles actuam no palco. Uma coisa que não me apercebi é que este concerto houvesse um intervalo de 15 minutos. Apesar de eles terem 35 anos de carreira, 15 álbuns de estúdio, há quem diga que os Yo La Tengo, segundo os críticos, estivessem comparados com os The Velvet Underground ou Sonic Youth, não só em termos de sonoridade e de estética mas também em ditas influências.
No primeiro alinhamento arranca com o tema instrumental/jam session "You Are Here", passando pelo lado mais soft, quase introspectivo "Forever", "She May, She Might" e alguns dos temas pertencentes ao último album "There's A Riot Going On", sem tem nada a ver com os Sly and The Family Stone.
No primeiro alinhamento acaba com o pastoral "I'll Be Around", retirado do álbum "Fade", e a versão semi-acústica de "Deeper Into Movies", tema retirado do "I Can Hear The Heart Beating As One". E posto isto, fizeram uma pausa de 15 minutos.
No segundo alinhamento, começa com os dois temas "Dream Dream Away" e "Before We Run", retirados dos dois últimos álbuns. Passando pelos temas como o sinistro "Sudden Organ", o languido "Stockholm Syndrome" e os restantes temas do último album como "For You Too". O alinhamento acaba com a longa improvisação do ruído, com solos de guitarra rasgados, dos dois temas "Tom Courtenay" e "I Heard You Looking", retirados dos álbuns "Electr-O-Pura" e "Painful".
Durante o encore, tocaram 2 covers de temas do Neil Young como "Prisoners of Rock N Roll" e a "Someone's In Love", original dos The Cosmic Rays, que faz parte do álbum "Fakebook".
No entanto, houve momentos em que a interacção com o público foi fascinante, cumprimentaram ao pessoal, houve aí uma groupie na plateia de frente, aonde eu estava, subiu ao palco e estava a abraçar aos membros da banda depois de terem tocado aquela dita canção, "I Heard You Looking", que acaba no segundo alinhamento e o público ficou admirado. 
Foi quase 3 horas de concerto recheadas de talento, diversão e de optimismo. Não houve nenhum aspecto negativo que possa referir. 
No entanto, foi um dos concertos, tal como os outros que eu assisti, que vai ficar para a história.

Yo La Tengo






  



Text by: Pedro Miguel Dias
Photos by: Pedro Miguel Dias


1st Part
You Are Here
Forever
Pablo and Andrea
She May, She Might
Ashes
Song for Mahila
I'll Be Around
Deeper Into Movies (Stuff Like That There version)

2nd Part
Dream Dream Away
Before We Run
Stockholm Syndrome
I Should've Known Better
For You Too
Shades Of Blue
Sudden Organ
Drug Test
Tom Courtenay
I Heard You Looking

Encore
(Unknown) (a crowd request, Ira told that nobody asks songs from that album)
Prisoners of Rock 'n' Roll (Neil Young & Crazy Horse cover)
Somebody's In Love (The Cosmic Rays cover)

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