"Fate, up against your will"
No dia 10 de Fevereiro de 2019, fui à sala de espectáculos Lisboa ao Vivo, ver os Echo and The Bunnymen.
No dia 10 de Fevereiro de 2019, fui à sala de espectáculos Lisboa ao Vivo, ver os Echo and The Bunnymen.
Tive uma enorme expectativa de os ver ao vivo, porque é uma das minhas bandas de eleição. Adoro os cinco primeiros álbuns que eles editaram na década de 1980, sobretudo a "Ocean Rain", que tem os temas conhecidos da banda, tais como "The Killing Moon" e "Seven Seas".
Em relação ao concerto foi sublime, espectacular e estrondoso. A voz dramática e a poesia do líder carismático Ian McCulloch, bem como as linhas de guitarra melódicas e sumptuosas a cargo do Will Sergeant, as linhas de baixo cativantes de Les Pattinson e ritmos frenéticos do saudoso Pete De Freitas tornaram-se um som bastante característico da banda de culto que teve sucesso nos 1980s.
O pós-punk atmosférico com pitadas do psicadelismo destes senhores tornou-se algo pertinente, único e original. Na forma como eles actuam no palco, conseguem revitalizar as canções dos clássicos álbuns como o dinâmico "Crocodiles", o atmosférico mas sombrio "Heaven Up Here", o arrojado "Porcupine" ou até mesmo o orquestral e nocturno "Ocean Rain", mantendo o público do Lisboa Ao Vivo rendido.
A cena pós-punk da cidade de Liverpool, na mesma terra onde formaram os Beatles, estava bem presente e mais produtiva na sua própria evolução.
No palco, estavam o Ian McCulloch, Will Sergeant, o baixista Stephan Brannan (em substituição a Les Pattinson, que fez parte da banda ao longo do tempo), o baterista Nicholas Kloroe (em substituição a Pete De Freitas, que fez parte da banda nos 1980s e que infelizmente morreu no acidente de mota) e o teclista de sessão Jez Wing.
A cena pós-punk da cidade de Liverpool, na mesma terra onde formaram os Beatles, estava bem presente e mais produtiva na sua própria evolução.
No palco, estavam o Ian McCulloch, Will Sergeant, o baixista Stephan Brannan (em substituição a Les Pattinson, que fez parte da banda ao longo do tempo), o baterista Nicholas Kloroe (em substituição a Pete De Freitas, que fez parte da banda nos 1980s e que infelizmente morreu no acidente de mota) e o teclista de sessão Jez Wing.
O alinhamento começou com a "Going Up", tema que abre o "Crocodiles", com uma nota cativante. Passando pelo orgânico "Bedbugs and Ballyhoo" com os órgãos ao fazer lembrar os The Doors, a principal influência dos Echo. No momento em que tocaram a "Rescue", no regresso a "Crocodiles", fiquei apreciado com tudo que fizeram, a voz do Ian McCulloch e a magia das guitarras por parte do Will Sergeant estiveram bem preparados nesta actuação. A determinada altura, houve alguns momentos mais coerentes e ao mesmo tempo friorentos como "All My Colours" ou "Over The Wall", no "Heaven Up Here". O mais recente tema "The Somnambulist", do último álbum "The Stars, The Oceans & The Moon", não me encheu as medidas mas obteve uma boa instalação em versão ao vivo.
Mas com a "Villiers Terrace", o grupo demonstra a subtileza de texturas sónicas, incluindo pelo meio um medley com a versão de "Roadhouse Blues" dos The Doors. A belíssima "Nothing Lasts Forever", no álbum "Evergreen" (naquela altura onde regressaram ao activo em 1997 depois de terem feito uma pausa em inicio dos 1990s), essa música transmite-me o encanto, também incluindo pelo meio um medley com a versão de "Walk On The Wild Side" do saudoso Lou Reed, outra influência dos Echo. Já com o eterno "Seven Seas" e a outra belíssima "Rust", do álbum "What Are You Going To Do With Your Life" (o último a contar com o baixista Les Pattinson antes de abandonar os Echo), fizeram-me arrepiar. Pois esse efeito permanece por completo. Na fase pós-Pete de Freitas não foi assim nada de especial, aquela versão têm alguns bons momentos encontrados nos álbuns "Evergreen", "What Are You Going To Do With Your Life" e "Siberia". Mas de resto é para esquecer.
Já antes do encore, tivemos a trilogia de canções perfeitas que nos façam surpreender como "Bring On The Dancing Horses", o glorioso "The Killing Moon", com os solos de guitarra magistrais construindo o mistério, o drama e a magia, tanto na música como na escrita, e o frenético "The Cutter", aqui em versão ao vivo encontra-se a bela secção de guitarras, soando ainda idêntico do que o original, em vez de secção de cordas influenciada pela música oriental encontradas na versão do álbum "Porcupine".
Durante o encore, voltaram aos palcos com a "Lips Like Sugar", no quinto álbum homónimo, outro clássico deles, com o público a cantar em plenos pulmões. Outro momento fundamental na actuação. E para encerrar a sequência, muita das pessoas esperavam que eles tocassem a canção "Ocean Rain", mas não, tocaram a "Do It Clean", tema super energético da banda. E o resultado final foi algo positivo.
O Ian McCulloch tornou-se mais comunicativo, na forma de interacção com o público. O resto da banda também esteve preparados. Em termos da setlist estava perfeito e não houve nenhuma falha. Uma espécie de best of deles perfeito.
E portanto, foi um concerto arrebatador que vai ficar na minha memória.
Echo & The Bunnymen
Text by: Pedro Miguel Dias
Photos by: Pedro Miguel Dias
Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/echo-and-the-bunnymen/2019/lisboa-ao-vivo-lisbon-portugal-5b9513d4.html
Going Up
Bedbugs & Ballyhoo
Rescue
Never Stop
All My Colours (Zimbo)
Over The Wall
Somnambulist
Villiers Terrace / Roadhouse Blues (The Doors Cover)
Nothing Lasts Forever / Walk On The Wild Side (Lou Reed cover)
Seven Seas
Rust
Bring On The Dancing Horses
The Killing Moon
The Cutter
Encore
Lips Like Sugar
Do It Clean
Ocean Rain estaria guardado para o caso de o público não se render quando ligaram as luzes, e exigisse com muito barulho que eles voltassem.
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