No dia 2 de Julho de 2019 fui à Altice Arena, em Lisboa, ver os Tool.
Antes de ir para o Altice já esgotado, não tive tempo de jantar mais cedo desde que eu lanchei em casa por volta das seis da tarde antes das portas do Altice a abrir. Tanto na plateia como no balcão, a multidão estava cheia a assistir o concerto. Mas antes disso, estive a ver os franceses Fiend, que começou às 20h00, que fizeram a primeira parte do concerto dos Tool durante a digressão europeia deste ano. O estilo dos Fiend é mais ligado ao movimento Stoner Rock, estilo esse que combina o rock musculado e heavy metal com tendências do psicadelismo e do acid rock, ritmos lentos, guitarras cada vez distorcidas mas rasgadas e vozes melódicas. Os Fiend deram um concerto potente com as suas canções que vêm muito á base de guitarras pesadas, ritmos energéticos do baterista e voz uivada por parte do vocalista.
Quanto aos Tool, que começou às 21h00, conseguem manter o poder das performances para uma audiência rendida. Não há nenhuma banda de um determinado estilo que tivesse uma legião de fãs como os Tool e dentro da cena metal progressivo é uma lição bastante complexa. Na plateia do meio onde eu estava, houve algumas pessoas a tirar camisolas porque estava calor. O transpiro é que me está a bater ferros, não havia ar condicionado, muito menos do espaço livre onde possa respirar. Mas isso não interessa, o que interessa é que o alinhamento das canções estão muito bem planeadas tendo como objectivo de revisitar os clássicos temas dos 4 álbuns editados no inicio dos anos 1990 até meados dos anos 2000 e mais 2 ou 3 temas novos. O som estava excelente, soando tão idêntico ao vivo como no estúdio.
O espectáculo começou com o tema título do segundo álbum "Aenima", em 1996, o primeiro a contar com o baixista Justin Chancellor, o som do baixo do Chancellor instalou um clima tremendo e quem diria que o espectáculo começasse com o pé direito de uma boa forma. Em termos de projecção das imagens, o guitarrista, artista visual, animador e mentor da banda Adam Jones incorpora os aspectos das ilusões e figuras em humanóides inspiradas nas artes visuais bem como as técnicas de animação stop-motion, tanto nas capas dos álbuns, contando com a ajuda do outro artista visual e professor Alex Grey, como nos videoclips, e que demonstram o lado mais psicadélico e surrealismo que era possível da banda e esse tal efeito resulta de grandiosidade. A potente da guitarra do Adam era o que mais sentia podendo ouvir a complexidade dos riffs espectaculares e a mudança de ritmos por parte do baterista Danny Carey no que diz respeito à textura e à dinâmica, citando por muitos ouvintes comparado os Tool com os King Crimson, a principal influência da banda descrita como os estilos prog rock e art rock.
No seguinte tema "The Pot", do álbum "10,000 Days", o público da Altice despertaram e cantaram em harmonia com o veterano Maynard James Keenan, vocalista da banda, mesmo no inicio do primeiro segundo de uma forma arrebatadora. O tema seguinte "Parabola", do terceiro "Lateralus", em 2001, assimila a separação entre duas partes. Na primeira parte, "Parabol", ouvem apenas os drones de guitarra e o sample dos respiros por um tubo do baterista Danny Carey, enquanto na segunda, "Parabola", uma vertente pesada em contraste com a primeira, acompanhando as imagens de ilustrações, por parte do mago Alex Grey, relacionadas com a espiritualidade, a natureza, visões de mundos desconhecidos, entre outros. Depois disso, os Tool apresentaram 2 temas novos, "Descending" e "Invincible", que irão fazer parte do aguardado novo álbum que estará marcado para o dia 30 de Agosto deste ano, sucessor do "10,000 Days" em 2006, no mesmo ano em que estiveram cá em Portugal no SBSR e no (saudoso) Pavilhão Atlântico. De uma dessas extensas canções mencionadas na setlist, mantiveram o balanço algo pertinente e incrível.
Nos seguintes temas "Schism", do terceiro "Lateralus", em 2001, "Intolerance", canção que abre o primeiro álbum "Undertow", em 1993 e o "Jambi", num regresso a "10,000 Days" foram um dos pontos altos que mais destacaram deste imperdoável concerto. Aqui em "Forty Six & 2", num novo regresso a "Aenima", canção que fecha o Set original antes do encore, ouvem-se as linhas de baixo melódicas dedilhadas por parte do Justin Chancellor com uns toques quase agudos e que foi um dos momentos altos que não irei esquecer. O som, o alinhamento e a actuação atingiram o valor elevado.
O espectáculo começou com o tema título do segundo álbum "Aenima", em 1996, o primeiro a contar com o baixista Justin Chancellor, o som do baixo do Chancellor instalou um clima tremendo e quem diria que o espectáculo começasse com o pé direito de uma boa forma. Em termos de projecção das imagens, o guitarrista, artista visual, animador e mentor da banda Adam Jones incorpora os aspectos das ilusões e figuras em humanóides inspiradas nas artes visuais bem como as técnicas de animação stop-motion, tanto nas capas dos álbuns, contando com a ajuda do outro artista visual e professor Alex Grey, como nos videoclips, e que demonstram o lado mais psicadélico e surrealismo que era possível da banda e esse tal efeito resulta de grandiosidade. A potente da guitarra do Adam era o que mais sentia podendo ouvir a complexidade dos riffs espectaculares e a mudança de ritmos por parte do baterista Danny Carey no que diz respeito à textura e à dinâmica, citando por muitos ouvintes comparado os Tool com os King Crimson, a principal influência da banda descrita como os estilos prog rock e art rock.
Nos seguintes temas "Schism", do terceiro "Lateralus", em 2001, "Intolerance", canção que abre o primeiro álbum "Undertow", em 1993 e o "Jambi", num regresso a "10,000 Days" foram um dos pontos altos que mais destacaram deste imperdoável concerto. Aqui em "Forty Six & 2", num novo regresso a "Aenima", canção que fecha o Set original antes do encore, ouvem-se as linhas de baixo melódicas dedilhadas por parte do Justin Chancellor com uns toques quase agudos e que foi um dos momentos altos que não irei esquecer. O som, o alinhamento e a actuação atingiram o valor elevado.
Para além disso, houve 12 minutos de intervalo prolongado, eu estava na plateia do meio e houve um vizinho ao pé a perguntar-me se falta alguns minutos para nós bazarmos e eu respondi que não, são 12 minutos de intervalo. Depois disso, houve uma surpresa para o público da Altice em que os Tool anunciaram o aguardado quinto (e novo) álbum dos Tool que sairá no dia 30 de Agosto deste ano como referi anteriormente. O alinhamento não faria sentido se não fosse a "Stinkfist". Ainda assim, o baterista Danny Carey entrou no palco para improvisar os solos da bateria, em formato acústico e ao mesmo tempo electrónico, no que toca do virtuosismo e da técnica. Danny obteve o bom desempenho de ser profissional. Os restantes membros regressaram ao palco para tocar mais dois temas, começando com o "Vicarious" e finalmente um bem-amado Maynard mandou ao público do Altice para usar os telemóveis para fotografar ou filmar a actuação da canção que fecha o espectáculo, que é a "Stinkfist", canção que abre o álbum "Aenima", outro momento imprescindível. E nós ficamos completamente rendidos pela performance infalível.
Um grande regresso ao passado, cuja experiência foi única e transcendental. Fiquei arrepiado na forma como eles actuam no palco. E pronto foi um concerto genial. E não há palavras que posso descrever desta magnífica noite.
Fiend
Tool
Photos by: Pedro Miguel Dias
Text by: Pedro Miguel Dias
Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/tool/2019/altice-arena-lisbon-portugal-7b915634.html
(Third Eye Intro)
Aenema
The Pot
Parabol
Parabola
Descending
Schism
Invincible
Intolerance
Jambi
Forty Six & 2
(Intermission)
CCTrip
Vicarious
(-) Ions
Stinkfist
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