domingo, 3 de novembro de 2019

Pop Dell' Arte no Musicbox, Lisboa (02-11-2019)

No dia 2 de Novembro de 2019, depois do Halloween, fui ao Musicbox ver os Pop Dell' Arte.
A banda liderada por João Peste e Zé Pedro Moura, desde a formação em 1985 como vencedores do prémio da 2ª edição do Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous, foi uma das bandas mais especiais dessa tal geração, no meu ponto de vista. As experimentações sónicas, a fúria do pós-punk, o dadaísmo nas letras e nas capas, os samples, as backing tracks e a voz inconfundível de João Peste estão presentes nesta aventura musical por terem feito os álbuns fundamentais e originais como "Free Pop" (1987) e "Sex Symbol" (1995). Após a realização de "Contra Mundium" em 2010, não editaram mais um disco e continuam a dar concertos ao vivo em vários territórios do nosso país até então. 
Por isso, a minha expectativa elevou e de seguida, decidi os ver ao vivo no MusicBox.
No palco, estava o João Peste na voz, Zé Pedro Moura no baixo, Nuno Castedo na bateria e Paulo Monteiro na guitarra e backing track.
Então ouvimos os improvisos de bateria e do baixo acompanhando o backing track de ritmos electrónicos reproduzido em frequência abaixo do normal no tema inédito sem titulo, eu dirigi no meio da plateia da frente. Pouco tempo depois, o que me chamou a atenção foi a canção "My Rat Ta Ta", que instalou um clima pop artístico e dramático em compasso ternário (3/4), temperado pelas guitarras reverberadas do Paulo Monteiro com muito sentido de humor e tongue in cheek
O momento essencial para mim foi a interpretação do tema "Sonhos Pop", com o excerto de "Recordar É Viver" do Vitor Espadinha, com um piscar das luzes ao fundo do palco. E o efeito, apresentando para uma audiência completamente rendida, alcançou-se por completo. Depois disso, a "Rio Line", penso que esta música ganhou aqui uma nova dimensão. Mais tarde, outros momentos muito bons já antes do encore com as energéticas "My Funny Ana Lana" e "Querelle", acolhendo-se as estupendas secções de guitarra do Paulo Monteiro, do baixo de Zé Pedro Moura e de bateria de Nuno Castedo. E com esses efeitos arrepiaram-me por todo o sentimento característico. 
No encore, o uso de backing track acompanhando a secção rítmica impressionante do Castedo no tema "Poppa Mundi", uma espécie de sátira aos sons tradicionais latino americanos. O despertar da mente do público quase cheio continua a surpreender. A determinada altura, alguns minutos depois, a festa encerrou com a fantástica "Esborre", com o excerto de "Love To Love You Baby" da Donna Summer. 
E portanto, foi um dos concertos mais dispensáveis do que esperava. A interacção com o público foi fabulosa. Estiveram muito bem dispostos no palco com um nível de carinho elevado. Diverti-me imenso durante o espectáculo. E espero que na próxima vez toquem a "Juramento Sem Bandeira".


Pop Dell' Arte





    


Photos by: Pedro Miguel Dias
Text by: Pedro Miguel Dias
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